Blog da Editora Advaita com textos de dialogos com Sri Nisargadatta Maharaj e outros Mestres como Sri Ramana Maharshi, Jean Klein, Ramesh Balsekar, Tony Parsons, Karl Renz e outros. Não-dualidade. Para encomendar o livro "Eu Sou Aquilo" Tat Twam Asi - Conversações com Sri Nisargadatta Maharaj" escrever para editora.advaita@gmail.com

sábado, 21 de julho de 2012

A questão do renascimento









Maharaj rejeita de imediato a idéia do renascimento ou reencarnação, e a base de tal rejeição é tão simples que nos esmaga: a entidade que se supõe renascer não existe, exceto como um mero conceito! Como poderia um conceito renascer?
Maharaj, em toda sua inocência, pergunta ao protagonista do renascimento: “Por favor, quero saber quem é este que renasceria?” O corpo ‘morre’ e, depois da morte, é exterminado – enterrado ou cremado – tão rapidamente quanto possível. O corpo, em outras palavras, foi irreparável, irremediável e irrevogavelmente destruído. Aquele corpo, portanto, o qual era uma coisa objetiva, não pode renascer. Como, então, poderia uma coisa não objetiva como a força vital (a respiração), a qual, com a morte do corpo, fundiu-se com o ar exterior, ou a consciência que se fundiu com a Consciência Impessoal, renascer também?
Talvez, diz Maharaj, você dirá que a entidade envolvida renascerá. Mas isto seria totalmente ridículo. Você sabe que a ‘entidade’ é apenas um conceito, uma alucinação que surge quando a consciência se identifica erradamente com uma forma particular.
Como surgiu a idéia do renascimento? Ela foi concebida, talvez, como algum tipo de hipótese de trabalho para satisfazer as pessoas mais simples que não são inteligentes o bastante para pensar além dos parâmetros do mundo manifesto.


De: "Sinais do Absoluto" 




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