P.: Tudo bem, eu gostaria de sair dessa ideia de corporeidade. Como posso fazer?
K.: Voce pode compreender-lo se se der conta que voce é aquilo que conhece e nao o conhecido.
Tudo aquilo que voce pode reconhecer é um objeto e voce não é um objeto, nem mesmo aquele que de manhã pula da cama ou desperta como uma ideia em um corpo, porque aquele tambem é um objeto de percepção, conhecivel.
Voce, porem, não é um objeto de cognição, mas aquilo que percebe.
P.: Sim, sim, ma é exatamente isso que não consigo realizar!
K.: Ha simplesmente essa apercepção ou realização que é voce. E nessa apercepção alguem aparece e poe uma pergunta, mas aquilo tambem é somente um objeto e não poderá nunca realizar aquilo que voce é. E nem tem que faze-lo. A apercepção que voce é, estava sempre presente.
A apercepção na qual tudo aflora, é essa a realidade.
Uma apercepção pura e clara: aquela que chamamos de "o olho de Deus".
(De: "A miragem da iluminação" Dialogos com Karl Renz)
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