Blog da Editora Advaita com textos de dialogos com Sri Nisargadatta Maharaj e outros Mestres como Sri Ramana Maharshi, Jean Klein, Ramesh Balsekar, Tony Parsons, Karl Renz e outros. Não-dualidade. Para encomendar o livro "Eu Sou Aquilo" Tat Twam Asi - Conversações com Sri Nisargadatta Maharaj" escrever para editora.advaita@gmail.com

terça-feira, 20 de julho de 2010

O propósito essencial de Paramartha





"Maharaj nos instava constantemente a não perder, esquecer, descuidar ou ignorar o propósito essencial de todo Paramartha, isto é, a compreensão suprema, de conhecer nosso Svarupa, isto é, nossa verdadeira identidade. Qual é nossa verdadeira identidade? Maharaj diria: Não-manifesta, em repouso, nossa identidade é a Unicidade Absoluta – Pura Consciência não consciente de si mesma; manifesta, funcionando na dualidade, nossa identidade é a consciência que busca a si mesma como o ‘outro’, pois ‘ela não pode tolerar a própria presença’. Em outras palavras, diz Maharaj, sobre o nosso estado original da Absoluta Numenalidade atemporal e imutável, o corpo-com-consciência apareceu como uma doença temporária, sem causa ou razão, como parte do ‘funcionamento’ total da Consciência Impessoal em seu papel como Prajna. Cada forma fenomênica conclui sua duração determinada e, no fim de seu tempo de vida, desaparece tão espontaneamente como apareceu, e a consciência, aliviada de suas limitações físicas, não mais consciente de si mesma, funde-se na Consciência: não se nasce nem se morre. A consciência, para se manifestar, necessita de formas físicas para sua operação, e está criando constantemente novas formas, destruindo as velhas.
Se este é o processo natural do funcionamento total da consciência, surge esta pergunta: Como a entidade individual e sua escravidão obteriam existência? Uma resposta breve, diz Maharaj, seria dizer que a consciência circunscrita aos limites da forma física, não encontrando nenhum outro apoio, engana a si mesma ao se identificar com o corpo particular e, assim, cria uma pseudo-entidade; e esta pseudo-entidade, tomando-se equivocadamente como o sujeito das ações (as quais, na realidade, fazem parte do funcionamento espontâneo e total de Prajna), deve aceitar as conseqüências e sujeitar-se à escravidão de causa e efeito da idéia de Karma. "


De: "Sinais do Absoluto"



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